terça-feira, 5 de abril de 2011

REPRESENTAÇÂO ANTIGÊNICA

A vacina de DNA é a mais recente forma de apresentação que veio revolucionar o campo da vacinologia. Ela representa um novo caminho para a administração de antígenos. O processo envolve a introdução direta do DNA plasmideano, que possui o gene codificador da proteína antigênica, e será expressa no interior das células. Este tipo de vacinação apresenta uma grande vantagem, pois fornece para o organismo hospedeiro a informação genética necessária para que ele fabrique o antígeno com todas as suas características importantes para geração de uma resposta imune. Isto sem os efeitos colaterais que podem ser gerados quando são introduzidos patógenos, ou os problemas proporcionados pela produção das vacinas de subunidades em microrganismos
A pele humana possui as células necessárias para o início das respostas imunológicas: células apresentadoras de antígenos e linfócitos. Outras células participam, regulam e modulam a função destas células cutâneas. As células dendríticas apresentam os antígenos cutâneos às células T, induzindo as respostas imunes específicas. A sensibilização das células T (resposta imune primária) ocorre nos linfonodos. Após a exposição antigênica as células de Langherans e/ou os dentrócitos migram através dos linfáticos cutâneos da pele para as regiões paracorticais dos linfonodos, estimulando os linfócitos T latentes ainda não diferenciados. Após a sensibilização estes linfócitos T migram para os locais cutâneos possuidores dos antígenos causadores iniciais do processo imuno-inflamatório. Há participação de células dotadas de moléculas do sistema maior de histocompatibilidade MHC-II. Há expansão clonal dos linfócitos T como conseqüentemente produção de células efetoras capazes de eliminar os patógenos cutâneos. As células de Langherans, os queratinócitos produtores de citosinas, as células T epidermotrópicas e os linfonodos periféricos compensam a unidade imunológica responsável pela proteção da pele humana contra as agressões exógenas e endógenas. A radiação ultravioleta e o vírus HIV-1 comprometem a função das células de Langherans, o que explicaria nesses casos o aparecimento e a progressão de infecções e/ou neoplasias cutâneas.

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